Cristo em você
Paulo continuou seu tema contrastando as duas possibilidades que as pessoas têm em sua maneira de viver. Ou elas vivem de acordo com o Espírito, isto é, o Espírito Santo de Deus prometido a nós, ou de acordo com sua natureza pecaminosa e carnal. Uma leva à vida eterna, a outra, à morte eterna. Não há meio-termo. Ou, como o próprio Jesus disse: “Quem não é por Mim é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12:30). É difícil ser mais claro do que isso.
6. Leia Romanos 8:9-14. O que é prometido aos que se entregam inteiramente a Cristo?
A vida “na carne” é contrastada com a vida “no Espírito”. O que vive “no Espírito” é dominado pelo Espírito de Deus, o Espírito Santo. Nesse capítulo, Ele é chamado de Espírito de Cristo, talvez no sentido de que Ele é um representante de Cristo, e por meio dEle Cristo habita no cristão (Rm 8:9, 10).
Nesses versículos, Paulo retornou a uma figura que usou em Romanos 6:1-11. Figurativamente, no batismo, “o corpo do pecado”, isto é, o corpo que serviu ao pecado, é destruído. O nosso velho homem é crucificado com Jesus (Rm 6:6). Contudo, não há apenas um sepultamento, mas também uma ressurreição. A pessoa batizada se levanta para andar em novidade de vida. Isso significa matar o velho eu, uma escolha que temos que fazer por nós mesmos diariamente, momento a momento. Deus não destrói a liberdade humana. Mesmo depois que o velho homem do pecado é destruído, ainda é possível pecar. Para os colossenses, Paulo escreveu: “Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria” (Cl 3:5).
Portanto, após a conversão, ainda haverá uma luta contra o pecado. A diferença é que a pessoa em quem o Espírito habita agora tem o poder divino para vencer. Além disso, visto que ela foi libertada da escravidão do pecado de modo miraculoso, torna-se constrangida a jamais voltar a servi-lo.
O Espírito de Deus, que ressuscitou Jesus, habita em nós, se O permitimos. Temos um grande poder à nossa disposição! O que nos impede de usá-lo como deveríamos?